(aula)
A violência sublime (2)
13 de Dezembro
2022
estela (2018), Teresa Projecto
No seguimento da última aula, levámos agora o debate sobre o sublime às questões que têm vindo a guiar as últimas sessões: o que é que o sublime — sobretudo sob o signo da violência — tem que ver com a guerra, com o capitalismo, e com o teatro (com a representação artística)?
Se, na semana anterior, o sublime havia pensado como força informe (porque pode manifestar-se em qualquer forma e dar forma sem restrições a qualquer corpo ou circunstância), e como violência (pela sua força disruptiva, que dissolve temporariamente o par sujeito-objecto), agora, porém, ao contrário da identificação com o poder, procurámos perseguir a desidentificação com o poder — ou mesmo um impoder criador que estaria em jogo na representação artística.
Para tal, regressámos à passagem dedicada ao sublime por Philippe Lacoue-Labarthe, em La poésie comme expérience (1988).
Se aceitarmos que todo o acesso ao não-ser é mediado, isto é, representado, qual seria, então, a diferença entre as formas de representação que se identificam — ora com o poder, ora com o vazio — e consequentemente se tornam destrutivas, e aquelas que, abdicando dessas identificações extremas ou definitivas — desidentificando-se — se tornam criadoras?
Deixamos um link para aceder a uma tradução para português do capítulo completo de Lacoue-Labarthe («SUBLIME», em La poésie comme expérience, Paris, Christian Bourgois, 1988, tradução de Teresa Projecto): https://drive.google.com/file/d/1tggcu_hWjyd-n3xvXkbm5hUWosaSCHKE/view?usp=share_link
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