a escola livre

Praedia di Iulia Felix, Museo Archeologico Nazionale di Napoli (inv. nr. 8598), Pompeia.

    
    A libertação é o nosso fim sem fim, a escola o nosso meio. 
    Falamos da libertação de todos, pois o mundo chegou a um tal limite que talvez precisemos todos de voltar à escola (ou perceber que nunca saímos dela) para mudarmos a vida e sermos o mundo de todos
    Falamos de um limite político, social, económico, ambiental, sanitário, etc., a ponto de o mundo se ter confundido hoje com o imundo ou o inabitável. A arte — que sempre foi uma prática do limite — indica-nos a possibilidade de habitar (poeticamente) esta Terra. 
    Falamos — talvez tudo possa acontecer quando começarmos a falar (entre todos). Escola, porque a liberdade aprende-se; livre, porque o seu ensino é a libertação. 
    Escola livre: «os teus educadores não podem senão ser os teus libertadores» (F. Nietzsche).

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    Desde 2017, um grupo de estudantes e de professores, de diferentes áreas e contextos curriculares, reúne-se semanalmente para aquilo a que se chamaram as aulas livres.
    Sem programa, sem avaliações, sem currículo, o encontro responde geralmente a um mote, proposto na sessão anterior por qualquer um dos participantes.
    Este lugar, o lugar da escola  chamada agora «escola livre» , é onde podemos vir para aprender a ensinar, e para ensinar aprendendo.


Tabuleta de escrita, The Metropolitan Museum.