(aula)
Guarda Rios I
7 de Fevereiro
2022
GUARDA RIOS
Nesta aula, o coletivo Guarda Rios apresentou o seu trabalho, partilhando os seus processos e algumas das questões que se têm confrontado: desertificação do interior, gestão mecanicista da água, agricultura intensiva, desflorestação, construção de mais barragens e de implementação de políticas falsamente ecológicas, com impacto nefasto para os ecossistemas, naturais e sociais. O nome da jangada deste coletivo “É mais fácil imaginar o apocalipse” – que parafraseia a frase “É mais fácil imaginar o fim do mundo, do que o fim do capitalismo” (atribuída a Jameson e Zizek) – aponta-nos para a dificuldade em imaginarmos outros paradigmas e formas de vida, dada a normalização do capitalismo e do seu entendimento como realidade (“capitalist realism”, Fisher). Esta foi uma das questões que o coletivo propôs debater, partilhando testemunhos de locais, ativistas, arqueólogos e pescadores, com quem conversaram pelos diferentes lugares que tiveram no país.
Foram debatidas questões de agência (macro e micro), e discutidas formas de organização coletivas, com base numa visão sistémica do território. Falou-se também em ética, finitude e cooperação, como característica intrínseca da vida humana e, quem sabe, da sua maior força imaginativa.
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