23 março, 2025

(aula) Para além do medo (II) 25 novembro 2024

  (aula)

Para além do medo (II)

25 de Novembro

2024

Nesta aula, fizemos uma leitura e conversa em torno do texto "Hegel, a morte e o sacrifício" (1955), de Georges Bataille, onde reflectimos sobre a imaginação, a morte e a criação artística.

Começámos por olhar para o ser humano e para a sua interioridade, ou para a interioridade que ele próprio é no contexto da natureza, o que lhe permite imaginar e ser atravessado por imagens, e aprofundámos esta questão ao pensar na sua relação íntima com a morte através do medo.

Partindo do pensamento de Hegel, vimos como o trabalho que o homem faz na natureza é um trabalho de negação — ao se separar da continuidade natural e ao se reconhecer como um indivíduo que se nomeia e que nomeia outros — e que essa negação, essa negatividade própria do homem, é aquilo que lhe permite criar, sendo ela construída em torno do vazio interior que ele é.

Pensámos, também, nesta relação que o homem tem com a morte, com o medo e com a criação, vendo nessa relação uma causa para o seu ser espiritual, e reconhecendo aqui um isolamento para com a natureza que lhe permite pensar e trabalhar no mundo, isto é, transformar a natureza através do seu próprio entendimento.

Assim vimos que a relação do ser humano com a morte faz o seu ser e permite-lhe criar.
























Figura de um quadrado negro como modo de representar o infinito no primeiro volume de Utriusque cosmi maioris scilicet et minoris metaphysica (1617), de Robert Fludd.

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