11 novembro, 2021

(aula) a política entre a representação e o irrepresentável

(aula)

A política entre a representação e o irrepresentável

9 de Novembro

2021


O Mito Nazi, Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy.
Tradução de Sara Belo. Apresentação de Sara Belo e Tomás Maia.
Lisboa: Sistema Solar (Documenta), 2021

Nesta aula prosseguimos a reflexão que se tem tecido a respeito da irrepresentabilidade através de uma conversa em torno do livro O Mito Nazi, de Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy, recentemente traduzido e publicado em português. Se na última aula abordámos o irrepresentável através de um questionamento sobre o interdito bíblico da representação de Deus, chegando a uma diferenciação entre a atitude idolátrica e a compreensão da natureza “imaginária” da pintura (da arte), pudemos agora, com a ajuda de O Mito Nazi, pensar a gravidade do potencial de violência contido no gesto idolátrico — aquele que não conhece os limites da representação, isto é, que não a reconhece como ficção.
A leitura de um texto escrito pela Sara Belo, tradutora deste livro, serviu de mote para o início da conversa.


Então, partindo da constatação de que há uma relação inextrincável entre uma certa concepção mortífera da identidade e o modo idolátrico de pensar a representação, e que essa relação articula a lógica que subjaz ao fascismo — aquela que, no caso do nazismo, resultou num fenómeno de massas —, indagou-se quais são, hoje, os novos meios através dos quais essa mesma estrutura lógica fascista continua a actuar. Em curso...


Sem comentários:

Enviar um comentário